O país africano Guiné inaugurou recentemente a sua primeira fábrica de montagem de computadores portáteis, localizada na cidade de Mamou, com o objectivo de se posicionar como um líder tecnológico na África Ocidental.
A iniciativa visa responder à necessidade crucial, na era digital, de capacitar as pessoas com competências e ferramentas tecnológicas, promovendo um futuro mais inclusivo e próspero.
A fábrica foi inaugurada em Novembro pelo Primeiro-Ministro daquele país, Amadou Oury Bah, e está instalada no Instituto Superior de Tecnologia (IST).
Para o Primeiro-Ministro, o país precisa de se afirmar como um actor relevante na área da tecnologia e garantir a sua independência no desenvolvimento tecnológico.
“Não devemos apenas consumir telemóveis e computadores portáteis, mas também fabricá-los. Temos recursos, uma visão e a responsabilidade de formar talento para dar vida a esta visão”,
afirmou, citado pelo site We Are Tech.
O projecto foi lançado em colaboração com o Ministério do Ensino Superior, a empresa chinesa Green View e o parceiro local Guinea Technologie Innovation (GTI).
A iniciativa integra-se na visão “Simandou 2040”, liderada pelo Presidente de transição, Mamadi Doumbouya, cujo objectivo é modernizar e diversificar a economia da Guiné.
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Através desta estratégia, o governo pretende transformar a cidade de Mamou num centro tecnológico regional, denominado “Mamou Valley”, onde instituições académicas e empresas colaborarão para impulsionar a inovação.
Além deste avanço, o plano inclui a construção de universidades regionais, a criação de uma Cidade da Ciência e da Inovação e a reformulação dos programas de formação tecnológica.
O elevado custo dos computadores e dos smartphones continua a ser um obstáculo para o país no aumento do número de utilizadores de Internet. De acordo com o DataReportal, dos cerca de 14 milhões de habitantes, apenas 4,87 milhões são utilizadores de Internet, com uma taxa de penetração estimada pelo governo em 52% em Maio.
Espera-se que este projecto de montagem de computadores portáteis contribua para a redução destes custos, tornando a tecnologia mais acessível, ao mesmo tempo que impulsiona o mercado de trabalho digital e apoia a transformação económica nacional.
Fonte We are tech