Chama-se Cleiton Michaque e viralizou nas redes sociais por ter criado drone inteligentes e multifuncionais, com capacidade de mapear e sondar zonas afectadas por desastres naturais.
Trata-se de um veículo aéreo que pode ser controlado remotamente por rádio, satélite ou rede de computadores, também conhecido como pequenos helicópteros ou aviões de reconhecimento.
Com 17 anos de idade, segundo conta em reportagem para o site DW África, o jovem desenvolveu o seu próprio drone com base em fibra de carbono.
O uso de fibra de carbono acontece após este descobrir as vantagens nesta componente, como a resistência em caso de quedas, e pouca emissão de ruídos dos motores para a placa de comandos ou controle.
Com apenas 250 gramas, o drone desenvolvido pelo Cleiton Michaque consegue alcançar uma velocidade de até 240 km/h e voar a uma altitude de até 300 metros.
O equipamento aqui desenvolvido pode ser utilizado para a realização de mapeamento e sondagem de zonas afectadas por tempestades no país, como também para desporto.
Olhando para o seu uso no mapeamento, Cleiton acredita que isso poderá reduzir os riscos que alguém possa ter no caso da realização desta actividade, uma vez que não precisará se deslocar próximo desta zona, pois com o equipamento, torna-se possível perceber as zonas afetadas à distância.
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Para Cleiton Michaque, este “pode não ser o primeiro drone feito no mundo, mas é o primeiro feito em Moçambique”, diz na reportagem em que revela ser esta uma transição após explorar o mundo da robótica e automóvel através das suas invenções.
“Primeiro foi com os carrinhos, depois foi com os robôs, agora entrei nos drones. Os drones chamaram-me mais atenção, por causa dos motores, sensores, controladores de velocidade, distância e a qualidade que eles têm na captura de imagens”, conta.
Para o jovem inovador, drone é muita coisa em uma só: É um helicóptero, carro, e muita coisa. Após a criação, o passo actual tem sido a realização de pesquisas sobre a pilotagem dos drones em primeira mão para a ampliação da sua usabilidade.
Salvar os jovens das drogas com o uso de drones
Fora a realização de inovações de forma solo, o sonho é ter um clube para acolher jovens interessados na prática de pilotagem de drones numa perspectiva desportiva, onde possam ser feitas corridas e manobras radicais com estes dispositivos.
“Na verdade, estes jovens que entram nas drogas, não sabem o que fazer e então ficam nas drogas a fazerem coisas sem noção. Mas, se terem alguma coisa para lhes entreterem, de certeza que vão deixar as drogas de lado para darem atenção para uma coisa mais interessante. É uma das ideias que tenho com este drone”, conta.
Fonte DW




