fbpx

Malangatana será imortalizado com um centro digital

Malangatana Valente Ngwenya
Malangatana Valente Ngwenya, Pintor e poeta moçambicano

Como forma de dar continuidade à imortalização dos feitos do moçambicano Malangatana Valente Ngwenya, está nos planos da família a abertura, no próximo ano, de um Centro de Interpretação Digital em 2026, em Matalana, terra natal do artista plástico.

A iniciativa de imortalizar um dos maiores protagonistas da história das artes visuais do país enquadra-se na celebração do 90º aniversário de Malangatana, se este ainda estivesse vivo.

Um centro de interpretação digital é um espaço que promove e valoriza o património cultural e natural de uma região ou determinado artista com vista despertar o interesse pelo seu trabalho ou retratar a sua história.

Baoba Hub_GIF

Liderada por Mutxini Ngwenya, um dos filhos do artista, o centro disponibilizará obras, arquivos e outros materiais em formato electrónico para dar a conhecer a contribuição artística do Malangatana para o país, com destaque na pintura e na escultura.

Mutxini revela, citado pela Rádio Moçambique, conta que já deu início à recolha do material que vai compor o acervo histórico e bibliográfico, no entanto, para a materialização deste centro precisa de apoio de todos, desde entidades individuais ou institucionais para levar adiante o projecto e a comemoração dos 90 anos do artista.

“O centro de documentação ficará em Matalana, na província de Maputo, e espera disponibilizar as coleções aos cidadãos de qualquer parte do mundo que queiram conhecer as realizações de Malangatana”, disse.

Outras notícias para ler:


Malangatana é um dos grandes ícones da arte africana contemporânea, e o centro trará à tona como um simples apanha-bolas teve o seu talento reconhecido em várias formas de arte, como desenho, aquarela, tapeçaria, cerâmica, gravura, escultura monumental em ferro e cimento e murais.

O centro também listará as agremiações recebidas pelo artista, como por exemplo, a medalha Nachingwea (1995) por sua contribuição à cultura moçambicana e foi investido como Grande Oficial da Ordem do Príncipe Henrique, o Navegador, pelo governo português. 

Em 1997, foi nomeado “Artista pela Paz” pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e recebeu o Prêmio Príncipe Claus. Em 2010, foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Évora e a condecoração, concedida pelo governo francês, de Comendador das Artes e Letras.

Nascido em Matalana, no distrito de Marracuene, na província de Maputo, trabalhou como criado e apanha-bolas antes de ser incentivado a desenhar e pintar pelo biólogo Augusto Cabral e, mais tarde, pelo arquitecto Pancho Miranda Guedes.


Fonte RM

Kabum_Digital_-_Revista_banner_para_o_site_copy_copy_copy
Artigos relacionados

Subscreva-se à nossa newsletter. Fique por dentro da tecnologia!

Total
0
Share