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Microsoft recorre à energia nuclear para alimentar Inteligência Artificial

Edifício com logo da Microsoft
Edifício com logo da Microsoft

A Microsoft viu na energia nuclear uma força na sua busca por alimentar os seus centros de dados voltados para a Inteligência Artificial com energia limpa.

A energia nuclear é libertada a partir de reacções que envolvem o núcleo dos átomos, podendo ser usada tanto para fins pacíficos, como na produção de electricidade, como para fins militares, em armas nucleares.

A empresa, investidora no ChatGPT, anunciou a assinatura de um contrato de 20 anos com a Constellation Energy para a reabertura da central nuclear de Three Mile Island, local onde ocorreu o pior acidente nuclear civil nos Estados Unidos, em 1979.

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O proprietário da central nuclear investirá 1,6 mil milhões de dólares para reactivá-la e vender toda a produção à empresa de Bill Gates.

A Microsoft não está sozinha. A acção é também seguida pelos seus concorrentes: Google e Amazon, os big players (empresas importantes, tradução livre) da tecnologia a nível global.

As marcas estão a apostar fortemente na energia do átomo para alimentar a voraz demanda de electricidade dos centros de dados usados para treinar a Inteligência Artificial.

Google e Amazon anunciaram ter assinado acordos com outras empresas para desenvolver a tecnologia dos pequenos reactores nucleares, já vista como o futuro do nuclear civil, mas que ainda não existe.

Outras notícias para ler hoje:


No caso da Amazon, o departamento de computação em nuvem anunciou que gastaria cerca de 650 milhões para adquirir um campus de centro de dados conectado à central nuclear de 40 anos da Talen Energy, no rio Susquehanna, na Pensilvânia.

Já a Google revelou um acordo firmado com a Kairos Power para ter SMR (Reactor Modular Pequeno) a funcionar a partir de 2030.

A verdade é que manter operacionais os centros de dados, para que a Inteligência Artificial se mantenha activa, implica altos custos com a electricidade convencional, pelo que a energia nuclear surge como uma opção mais apelativa aos cofres da empresa.

Para se ter uma ideia clara, no ano passado, Google e Microsoft consumiram 24 mil milhões de kWh (quilowatts-hora) de electricidade cada uma (48 mil milhões de kWh no total), o que supera o consumo de energia de mais de 100 países.

E adivinhe o que motivou todo esse gasto? A corrida pela Inteligência Artificial. O funcionamento da IA requer muita electricidade, tanto que também necessita de uma grande quantidade de água para o arrefecimento.

Fonte O Público Infomoney

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