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Moçambique usa Inteligência Artificial para combater tuberculose

Moçambique usa Inteligência Artificial para combater tuberculose
Computador com apresentação ilustrativa de programa de deteção da Tuberculose

O uso da inteligência artificial já é uma realidade na sociedade moçambicana. Recentemente, foi implementado um programa de inteligência artificial em prisões de alta segurança para detecção da tuberculose nos prisioneiros.

A inteligência artificial (IA) é inspirada no funcionamento do cérebro humano e permite aos computadores e dispositivos digitais realizar tarefas que exigem inteligência humana, como raciocínio, aprendizagem, planeamento e criatividade. 

O projecto é financiado pela Stop TB Partnership com o apoio das Nações Unidas. O método utiliza uma combinação de inteligência artificial e máquinas de raio-X portáteis para diagnosticar rapidamente a tuberculose.

O funcionamento do sistema é simples e processa as imagens em tempo real, permitindo obter resultados em menos de cinco minutos, facilitando a identificação rápida da doença.

A máquina de raio-X portátil tira uma imagem do peito do prisioneiro, que é imediatamente analisada pelo software de inteligência artificial instalado num tablet. O programa foi treinado com milhares de imagens de raio-X de pacientes com tuberculose, permitindo-lhe identificar com precisão os sinais da doença. 

Caso detectado padrões sugestivos de tuberculose, o resultado é imediatamente apresentado.

O diagnóstico rápido é crucial para salvar vidas e controlar a propagação da tuberculose, especialmente em locais superlotados como as prisões.

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A introdução da inovação nas prisões, resulta por serem ambientes propícios para a propagação da tuberculose, uma das doenças transmissíveis mais letais do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No caso de Moçambique, o país registou cerca de 120.000 casos de tuberculose no último ano.

A nova tecnologia elimina a necessidade de laboratórios e radiologistas, tornando o processo mais acessível e eficiente, diferente dos métodos tradicionais que envolvem amostras de saliva, pele ou sangue, que podem demorar até três dias para se obter resultados. 

Para o vice-diretor da Stop TB, Suvanand Sahu, destaca que a combinação de inteligência artificial e equipamentos de raio-X portáteis é um grande salto tecnológico, especialmente em áreas rurais com acesso limitado a serviços de saúde. 

Sahu recorda que, há alguns anos, a ideia de utilizar inteligência artificial para diagnósticos em comunidades remotas seria considerada coisa de filmes. Hoje, essa visão está a tornar-se realidade, oferecendo uma nova esperança na batalha contra a tuberculose.

Em África, só no ano passado, a tuberculose infectou mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e causou 1,3 milhão de mortes.


Fonte News24

Kabum Digital Revista
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