Em 2023, o mundo parou para ver a evolução da inteligência artificial que foi, na sua maioria, influenciada pelo lançamento do ChatGPT e outras soluções movidas pela Inteligência Artificial.
Inteligência Artificial (Artificial Intelligence ou AI, em inglês). É um conjunto de tecnologias que permitem que os computadores realizem tarefas que tradicionalmente exigem inteligência humana.
2023 já se foi e, com o novo ano já a ser vivido, para os mais familiarizados com as últimas tendências da tecnologia, sabe que a evolução que está acontecer é conectada com a Inteligência Artificial, e a pergunta que não quer calar é assim: o que esperar da Inteligência Artificial 2024?
Um ano da consagração da Inteligência Artificial
Se em 2023 tudo parecia novo no âmbito da Inteligência Artificial, especialmente no que diz respeito à IA Generativa, 2024 pode ser o ano em que se prevê que as ferramentas de IA se tornarão ainda mais poderosas, continuando a transformar a maneira como interagimos com a tecnologia.
Os novos produtos que serão lançados podem vir a ser mais poderosos e oferecerão novos casos de uso, como por exemplo, a capacidade de realizar tarefas mais complexas, como planear uma viagem ou encomendar suprimentos, com intervenção limitada. Outros produtos poderão ir além da era de sugestões baseadas em texto.
Está previsto a introdução de sistemas de Inteligência Artificial que possam responder a uma combinação das requisições dos seus utilizadores, incluindo texto, voz e imagens, e responder com uma variedade de sugestões.
Para Manuel Dias, director de Tecnologia da Microsoft em Portugal, a IA vai atingir o mercado de forma massiva.
“Vemos muita, muita apetência de utilização pelo lado de utilizadores, universidades, empresas e entidades do setor público”, afirma o especialista para o site Diário de Notícias.
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Estabelecimento de novos líderes
Há uma crescente busca pela liderança da Inteligência Artificial por parte de grandes empresas de tecnologia, o que poderá resultar nesta contínua corrida com lançamento de modelos melhores do que o GPT-4 (modelo de linguagem grande da OpenAI que sustenta o ChatGPT).
Uma das empresas que está neste passo é a Google com o lançamento, no final de 2023, do modelo designado Gemini, que conta com avanços ao nível da compreensão e de tratamento de imagem (ver fotos e vídeos e compreendê-los).
No ritmo em que a IA está, pode também levar a apresentação ao público de filmes e performances musicais totalmente gerados por Inteligência Artificial, sem mencionar os bots automatizados que alimentam ódio e desinformação online.
Margaret Mitchell, Cientista Chefe de Ética da startup de IA Hugging Face, acredita que será um avanço que provocará um maior escrutínio público do impacto e dos danos da IA.
“Certamente haverá alguns momentos críticos de acerto de contas sobre o que são esses sistemas”, disse Mitchell em conversa com Bloomberg, sendo citada pelo site Tech Crunch.
Os limites da inteligência artificial
Após um ano de empolgação e optimismo sobre o poder da Inteligência Artificial, sobre as capacidades dos grandes modelos de linguagem, que se mostraram mais práticos do que se esperava, em 2024 poderá também ser o ano em que melhor será compreendido os limites da IA.
As capacidades “emergentes” aparentemente mágicas dos LLMs serão melhor estudadas e compreendidas em 2024, e coisas como a sua incapacidade de multiplicar grandes números farão mais sentido.
No mesmo ano, serão percebidos os retornos decrescentes nas contagens de parâmetros, ao ponto em que o treino de um modelo de 500 mil milhões de parâmetros pode tecnicamente produzir melhores resultados, mas a computação necessária para o fazer poderia provavelmente ser implementada de forma mais eficaz.
Fonte Diário de Notícias Techcrunch