Não há ventos da mudança para o TikTok nos Estados Unidos da América. Um grupo de 14 procuradores dos Estados Unidos da América apresentou uma acusação contra o TikTok, onde alega que a plataforma tem “viciado” os jovens e prejudicado a sua saúde mental.
As queixas têm a ver com vários elementos da plataforma TikTok, incluindo o seu conteúdo interminável, os vídeos de “desafios” do TikTok que, por vezes, incentivam os utilizadores a adotar comportamentos de risco, e as notificações push nocturnas que, segundo os procuradores-gerais, podem perturbar o sono das crianças.
Notificações push são mensagens enviadas por aplicativos ou sites para dispositivos móveis ou desktops, que aparecem na tela mesmo quando o aplicativo não está aberto.
Neste sentido, os quatorze estados norte-americanos que apresentaram a queixa consideram que esta rede social aprisiona jovens, causando danos mentais e violando as suas privacidades.
As acusações foram apresentadas separadamente por membros da coligação, co-liderada pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, e pelo procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta.
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Para Rob Bonta, a investigação que levaram a cabo “revelou que o TikTok cultiva a dependência das redes sociais para aumentar os lucros”, lê-se em um comunicado à imprensa, citado pelo site GZH.
“O TikTok visa intencionalmente as crianças porque sabe que elas ainda não têm as defesas ou a capacidade de impor limites saudáveis a conteúdos viciantes”, acrescenta.
E o que diz o TikTok?
Para a rede social, as acusações não fazem nenhum sentido, e são imprecisas e enganosas, pois esta empenhou-se em trabalhar com os procuradores gerais durante mais de dois anos, e é decepcionante o passo aqui por eles dado.
Para o porta-voz da plataforma, Michael Hughes, os procuradores deviam ter trabalhado com a plataforma para encontrarem soluções construtivas para os desafios de toda a indústria.
Ainda aqui, o representante reforçou que o aplicativo conta com medidas como configurações de privacidade para menores e limites de tempo de tela.
As acusações marcam mais uma pressão sobre o TikTok, após, nos meses passados, uma ação judicial do Departamento de Justiça dos EUA alegando que a plataforma recolheu ilegalmente dados de crianças e várias acções estatais.
Com isso, surgiu a proposta de lei que poderia levar a uma eventual proibição do TikTok nos Estados Unidos da América (EUA). A condição é que a empresa (ByteDance) por trás da rede social venda o aplicativo para uma empresa americana.
A plataforma tem até um ano para vender o TikTok a um cliente considerado adequado pelas autoridades americanas ou pode perder território.