A Autoridade Reguladora dos Correios e Telecomunicações do Zimbabwe revelou ter pedido à StarLink para desligar todos os kits que estavam a funcionar ilegalmente naquele país da África Austral.
Segundo um funcionário das telecomunicações locais, a StarLink já suspendeu os serviços de Internet no Zimbabwe e espera a aprovação da entidade reguladora.
Em seguimento das ordens, a Starlink avisou os utilizadores ilegais do país, através de um e-mail, que iria desactivar o seu serviço, com a descrição daquele país da África Austral como um “território não autorizado” para o serviço de Internet por satélite da SpaceX.
À semelhança da África do Sul e do Botsuana, o Zimbabué ainda não aprovou o serviço de Internet por satélite de banda larga como fornecedor oficial no país.
No entanto, isso não impediu que os cidadãos do Zimbabwe continuassem a utilizar o serviço de roaming regional ou global nos kits que compraram e enviaram de países como Moçambique, Ruanda, Zâmbia e Quénia, onde o serviço é legal.
Com a retirada, a Starlink explicou que não garante quando os seus planos estarão disponíveis, uma vez que tais serviços dependem de vários factores, incluindo a aprovação regulamentar, contudo, continuará a trabalhar em colaboração com a POTRAZ (Autoridade Reguladora dos Correios e Telecomunicações do Zimbabwe), para obter a licença regulamentar necessária para fornecer os seus serviços no Zimbabwe.
A empresa planeia ter oficializado o seu lançamento no Zimbabwe no terceiro trimestre de 2024 com base no seu mapa de cobertura. Como forma de acelerar o processo, a empresa requisitou pediu aos utilizadores que apelassem à POTRAZ através da sua introdução.
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A interrupção é realizada meses depois da entidade reguladora das telecomunicações ter avisado, há cerca de três meses, que iria colaborar com a polícia na realização de apreensão dos indivíduos e empresas que continuassem a utilizar, distribuir e publicitar o equipamento dos serviços de Internet Starlink no país.
A Starlink é uma constelação de satélites de Internet operada pela Starlink Services, pertencente à empresa aeroespacial americana SpaceX. O serviço foi idealizado e é liderado pelo empreendedor sul africano Elon Musk. O objectivo é oferecer acesso à internet com velocidade de conexão e cobertura global por meio de satélites
No continente africano, está presente em países como Moçambique, Nigéria, Ruanda, Moçambique, Quénia, Malawi, Zâmbia e Benin.
No caso de Moçambique, para a aquisição, inicialmente os clientes deviam pagar 40.492 Meticais pelo equipamento necessário e 3.000 Meticais mensalmente pela assinatura, sendo que actualmente, o preço da aquisição do equipamento foi reduzido para 22 mil meticais.
A informação acontece após o governo ter anunciado, no seu investimento na tecnologia, o lançamento de mais três satélites, alinhado com a sua expansão no espaço.
O primeiro satélite é designado ZimSat-2, é de observação da Terra, e está em desenvolvimento com recursos avançados e tem lançamento previsto para o final deste ano.
O país está a colaborar com o Japão na garantia da integração de todas as partes móveis e preparar o terreno para que o país também fabrique os seus satélites de forma independente, como também para formar licenciados zimbabweanos na área.
Fonte Techpoint