A África do Sul está no topo da lista dos países com os filmes mais vistos na Netflix ao nível do continente africano no ano de 2023.
Os dados resultam da divulgação do primeiro, do que será um relatório bianual, que detalha o que as pessoas viram na Netflix a nível global durante seis meses, isto de janeiro a junho de 2023. A lista inclui mais de 18.000 títulos que foram transmitidos durante mais de 100 mil milhões de horas.
O relatório foi apresentado pela Netflix, que é actualmente a segunda maior plataforma de streaming em África, e a primeira a nível global.
No topo das tabelas para África está a primeira temporada da série sul-africana Unseen, que ficou na posição 229 a nível mundial. A série foi vista durante mais de 60 milhões de horas na Netflix.
Unseen, a série que é aqui a mais vista, conta com seis episódios, conta a história de uma empregada doméstica sem descrição que vai em busca do seu marido desaparecido e se depara com criminosos poderosos e violentos.
A África do Sul teve a maior representação no top 10 dos filmes mais vistos em África, com oito, enquanto a Nigéria teve dois, com Shanty Town e Far From Home, que ficaram em 750º e 2088º lugar, respetivamente, na escala global da Netflix.
Os números aqui obtidos pela África do Sul estão conectados com o facto do país representar 73% da audiência da Netflix em África. A Nigéria contribui apenas com cerca de 10,5% dos espectadores da Netflix no continente. A posição de liderança da África do Sul, fora a sua forte economia, está também conectado com este ter um mercado de vídeo online bem estabelecido e a uma crescente procura por conteúdos de streaming.
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Embora o relatório mostra o bom desempenho dos filmes a nível mundial, um relatório recente mostra que a Netflix perdeu o seu estatuto de líder de mercado em África para a Showmax.
A Netflix estabeleceu-se no continente em 2016, enfrentando a concorrência de operadores estabelecidos, incluindo o líder de mercado MultiChoice, e de novos operadores, como a Amazon Prime Video.
A estratégia da Netflix no continente combina o licenciamento de conteúdos, como o Black Book da Nigéria, de estúdios locais com a produção de conteúdos originais, como The Origin: Madame Koi-Koi. A estratégia combinada já custou à Netflix 175 milhões de dólares em seis anos, de acordo com um relatório divulgado pelo serviço de streaming em abril.
Apesar de ter o maior número de conteúdos licenciados em África, a Nigéria apenas recebeu 23 milhões de dólares, em comparação com a África do Sul, que recebeu 125 milhões de dólares. A Netflix mais do que recuperou o seu investimento, ganhou mais de 230 milhões de dólares nos últimos dois anos.
Como empresa de entretenimento por streaming, o objectivo da Netflix é proporcionar aos seus assinantes uma variedade de conteúdo de entretenimento, incluindo filmes, séries, documentários e programas de TV, acessíveis a qualquer momento e em qualquer lugar com uma conexão à internet.
Fonte TechCabal
