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EUA recomendam que a Google venda o Chrome para pôr fim ao monopólio

Logo da Google num edifício
Logo da Google num edifício

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos da América (EUA) declarou que a Google deve vender o navegador Chrome para restabelecer a concorrência no mercado da pesquisa online.  

A proposta faz parte de um refinamento do esboço de alto nível de soluções do DOJ, depois de o juiz Amit Mehta ter concluído que a Google mantinha um monopólio ilegal na pesquisa e na publicidade de texto de pesquisa.  

O juiz decidiu, em Agosto, que a Google exercia um monopólio ilegal por abusar do seu poder sobre o negócio de pesquisas.  

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Também questionou o controlo da Google sobre vários portais para a Internet e os pagamentos da empresa a terceiros para manter o seu estatuto como motor de busca padrão.  

A separação da Google do navegador Chrome resulta do facto de este representar um dos principais canais de distribuição para o seu negócio de busca, sendo considerado “um desafio significativo” aplicar soluções que tornem o mercado de busca competitivo.  

Na lista das exigências, consta não apenas o abandono do navegador; o departamento recomenda igualmente que a Google abdique do seu sistema operativo móvel Android.  

O DOJ sugeriu que, caso a Google não coloque limitações no Android, deverá ser forçada a vendê-lo.  

As medidas incluem ainda a proibição de a Google oferecer dinheiro ou qualquer outra coisa de valor a terceiros (incluindo a Apple e outros fabricantes de telemóveis) para tornar o motor de busca da Google o padrão.  

O Departamento de Justiça apresentará uma versão revista das suas propostas no início de Março, antes de o Governo e a Google regressarem ao Tribunal Distrital de DC, em Abril, para um julgamento de duas semanas sobre soluções.  

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Esta será a segunda fase do processo, sendo da responsabilidade do juiz local, Mehta, determinar a melhor forma de restabelecer a concorrência nos mercados em que se verifica monopólio por parte da Google.  

Ademais, a proposta sugere que a Google não deverá adquirir ou possuir nenhuma pesquisa de texto de anúncios rival, produto de IA baseado em consulta ou tecnologia de anúncios.  

“Uma agenda intervencionista radical”  

Em resposta a este último processo, a Google, citada pelo TechCrunch, considera tratar-se de “uma agenda intervencionista radical” que prejudicaria as pessoas nos Estados Unidos e a capacidade tecnológica do país no mundo.  

“A proposta extremamente ampla do DOJ vai muito além da decisão do Tribunal. Esta fragmentaria uma gama de produtos da Google, até mesmo para além da Busca, que as pessoas adoram e consideram úteis no seu dia-a-dia”,

afirmou Kent Walker, presidente de assuntos globais e director jurídico da Google. 

O presidente acrescentou que, se a proposta for aprovada, isso prejudicará a capacidade das pessoas de aceder ao Google Search. Além disso, afectará negativamente as perspectivas da empresa na corrida pela IA.  

A nova fase do julgamento está prevista para 2025. Caso a solução seja aprovada, a Google poderá não ter permissão para entrar no mercado de buscas por cinco anos.

Fonte Techcrunch  The Verge

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