Moçambique vai contar com a ajuda da Europa no combate a cibercrimes e impulsionamento da Inteligência Artificial, com a adesão à Convenção Europeia sobre Crimes Cibernéticos
A pretensão foi manifestada pelo secretário-geral do Conselho da Europa, Alain Berset, onde fez saber da disponibilidade da organização europeia em reforçar a colaboração com Moçambique no cibercrime e inteligência artificial.
A informação foi avançada na “Cimeira do Futuro”, promovida pelas Nações Unidas (ONU), que teve lugar em Setembro, em Nova Iorque, onde Alain Berset disse que a instituição “está disposta a implementar e desenvolver estas colaborações”.
Trata-se de um tratado internacional que aborda questões relacionadas com o cibercrime e a segurança cibernética, tendo sido adoptada pelo Conselho da Europa em 2001, entrando em vigor em 2004.
Na mesma ocasião, o secretário manteve encontro com o presidente do país, onde também interagiu sobre a nova convenção sobre Inteligência Artificial, onde almeja desenvolver alguma colaboração para o fortalecimento desta tecnologia no país.
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A ajuda em Moçambique não vê ao acaso, O ex-ministro do Interior da Suíça, Alain Berset, e eleito este ano para o cargo conhece o país e sabe dos desafios enfrentados.
“Agora tenho um novo cargo, como secretário-geral do Conselho da Europa, e foi uma óptima ocasião para acompanhar a discussão sobre democracia, Estado de direito e direitos humanos”, acrescentou.
O Conselho da Europa é uma organização internacional europeia que actua na defesa dos direitos humanos, da democracia e do Estado de direito. Foi fundada em 1949, sendo a mais antiga instituição europeia em funcionamento, tendo a sua sede em Estrasburgo, França.
Além dos países da União Europeia, conta com 19 outros membros, como a Suíça, Turquia, Geórgia, Azerbaijão e Ucrânia.
“Penso que se trata de uma organização muito importante, dedicada à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de direito. E estamos sempre em contacto com todos os países e continentes que trabalham connosco”,
concluiu Alain Berset.
Anteriormente, o país esteve entre os 20 beneficiários do projecto GLACY-e, promovido pelo Conselho da Europa, com vista à capacitação dos países em assuntos ligados à segurança cibernética.
Fonte Menos Fios