MozDevz anuncia os dados do Mozambique Developer Survey

MozDevz

A MozDevz, comunidade moçambicana de desenvolvedores, divulgou os resultados da primeira edição do Mozambique Developer Survey, inquérito abrangente com vista a descobrir o mundo dos desenvolvedores em Moçambique. 

Através desta pesquisa, a comunidade buscou, segundo o documento informativo, “compreender as preferências, competências e aspirações dos desenvolvedores, fornecendo insights valiosos para ajudar a comunidade e o sector a crescer e prosperar”.

Nesta primeira edição, a MozDevz buscou compreender o Perfil Do Desenvolvedor, Conectividade, Desenvolvimento, Situação Laboral e Modalidade de Trabalho e Participação em Comunidades Nacionais.

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A pesquisa foi conduzida online e contou com um total de 617 desenvolvedores concentrados em diferentes pontos do país. O questionário foi compartilhado em fóruns, grupos de mídia social, comunidades de desenvolvedores e instituições de ensino.

Quanto ao Perfil de Desenvolvedor, segundo o inquérito, a faixa etária de 18 a 24 anos destaca-se como o grupo mais expressivo, representando metade da população de desenvolvedores no país, seguida pela faixa dos 24 a 34 anos, com 44%. Em menor escala (3,6%), encontra-se desenvolvedores com idades entre 35 e 49 anos. 

De acordo com os resultados, 13,61% dos desenvolvedores são mulheres, enquanto a grande maioria, ou seja, 85,9%, são homens. Os números apontam para um notável aumento na diversidade de gênero nesse campo. Os dados também revelam que 68,59% dos desenvolvedores são estudantes, sugerindo um crescente interesse pela tecnologia no país.

No que toca a conectividade ou acesso a internet a pesquisa mostra que a maioria dos desenvolvedores (93,84%) têm acesso periódico a internet, dos quais 40.13% usa a Movitel como provedor principal de internet, e um quarto usa Vodacom, na última posição tem-se a webmaster com 0.5% do mercado.

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Java é a linguagem de programação mais usada pelos desenvolvedores em Moçambique. Mais de 14% dos desenvolvedores usam Java, contra aproximadamente 14% que usa Python. Por outro lado, Ruby é a linguagem de programação menos aderida pelos moçambicanos.

A pesquisa revela que quanto a situação laboral e modalidade de trabalho, o mercado de trabalho dos desenvolvedores mostra-se favorável à realização de actividades por conta própria, ou seja, sem estarem formalmente empregados.

Quanto recebem os desenvolvedores em Moçambique? 

Segundo o inquérito, as faixas salariais são um atractivo para quem deseja progredir constantemente na área. Neste caso, em Moçambique, 18% dos desenvolvedores inqueridos recebem entre 10 mil e 20 mil meticais mensais. 5% recebem entre 51 mil e 70 mil. Uma parcela de 7% recebe entre 41 mil e 90 mil mensais.

Dos inquiridos, apenas 4% aparece na faixa entre 136 mil e 200 mil meticais mensais, o que mostra, para a comunidade, a existência de remunerações mais elevadas para os que alcançam um nível sénior. 

Na busca por melhores condições de empregabilidade, a rede social Linkedin tem se posicionado em primeiro lugar, seguindo grupos do Whatsapp em segundo lugar.

Fora ser a rede social através da qual os desenvolvedores buscam por vagas de emprego, também tem sido o espaço pelo qual garantem a expansão da sua rede de contactos e fortalecer a sua presença profissional online.  

Com a apresentação destes dados, a MozDevz acredita na criação de  um retrato abrangente do ecossistema de desenvolvedores no nosso país e que os resultados desta pesquisa servirão como um recurso valioso para empresas, instituições de ensino, líderes de decisões na tomada de decisões. 

“Acreditamos que o conhecimento adquirido a partir desta pesquisa pode estimular discussões, impulsionar iniciativas e promover acções que contribuam para um sector de desenvolvimento robusto e inclusivo no país”.

Lê-se no documento oficial dos resultados

Enquanto comunidade, a MOZDEVZ destaca-se como a maior comunidade de Moçambique. Como desenvolvedores membros, têm uma percentagem de 24,58%, sendo que cerca de 15,97% são membros do GDG Maputo, com interesse em aprender e partilhar conhecimentos sobre tecnologias do Google, enquanto 12,13% fazem parte da comunidade Maputo Frontenders, reflectindo um crescente foco na experiência do utilizador e na interacção visual.

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