O país africano Guiné planeia o lançamento do seu primeiro satélite com o objectivo de facilitar a conectividade e promover a transferência de habilidades e a capacitação dos engenheiros aeronáuticos do país.
Para isso, o Ministério das Telecomunicações, Correios e Economia Digital da Guiné pretende colaborar com a empresa chinesa especializada em soluções de satélites comerciais, para discussões colaborativas sobre o desenvolvimento do projecto.
De acordo com a ministra do sector, Rose Pola Pricemou, este projecto marca um avanço nos objectivos do governo local no desenvolvimento da economia digital do país, com a conectividade de internet de alta velocidade no centro desses esforços.
O projecto de satélite complementa outras tecnologias, como a fibra óptica, na busca da Guiné pela soberania digital e pela modernização da sua infraestrutura de telecomunicações.
A parceria permitiria que os engenheiros aprendessem sobre diferentes processos de tecnologia de satélites, incluindo fabricação, testes, preparação para lançamento e operações de tecnologia de satélites.
O interesse da Guiné em desenvolver um projecto de satélite está alinhado com as ambições de vários países africanos que planeiam lançar os seus satélites de comunicação na próxima década.
Países como a Argélia, o Egipto, Angola e a Nigéria investiram significativamente no aprimoramento da conectividade digital por meio de projectos governamentais de satélites.
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As iniciativas têm impulsionado projectos educacionais, fornecendo conectividade à internet para escolas em áreas rurais, e aprimorado significativamente os serviços de radiodifusão e média, garantindo maior alcance e melhor qualidade de sinal nesses países.
Com o lançamento dos seus próprios satélites de telecomunicações, as nações africanas reduzem a dependência de provedores estrangeiros, diminuem custos e aumentam a soberania sobre as suas redes de comunicação.
Até Janeiro de 2025, 17 países africanos lançaram 63 satélites. O último país a lançar um satélite foi o Djibuti, em 21 de Dezembro de 2024.
Para este posicionamento no espaço, os países africanos têm cooperado com outros países, como os Estados Unidos, a Europa, a Rússia e a China, como é o caso da Guiné neste momento.
Fonte Space in Africa




