O país africano Senegal chegou recentemente ao espaço com o lançamento bem-sucedido do seu primeiro satélite, designado GAINDESAT-1, a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX, empresa de Elon Musk.
O marco foi alcançado no dia 16 de Agosto, após um atraso de três meses, e o lançamento foi realizado a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, numa actividade que faz parte da missão Transporter-11.
O satélite foi desenvolvido por engenheiros e técnicos senegaleses formados no Centro Espacial Universitário de Montpellier (CSUM), em França, resultado de um projecto de cinco anos.
Com a chegada ao espaço, o Senegal procura obter acesso rápido a dados valiosos para diversas aplicações, como a gestão de recursos naturais, agricultura e monitorização de desastres, bem como melhorar as previsões meteorológicas e a segurança na aviação, em colaboração com a Agência Nacional de Aviação Civil e Meteorologia.
O satélite também apoiará a Direcção de Gestão e Planeamento de Recursos Hídricos, permitindo uma melhor gestão dos recursos do país e contribuindo para uma maior eficiência na sua utilização e preservação.
Um passo para a soberania tecnológica
Para o presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, há muito orgulho pelo sucesso do lançamento, considerando-o um grande passo em direcção à soberania tecnológica do Senegal.
O lançamento do GAINDESAT-1A marca o início do programa espacial nacional “SenSAT”, que visa utilizar ferramentas espaciais para impulsionar o desenvolvimento socioeconómico do país e transformar Senegal num centro espacial de referência no continente africano.
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O acompanhamento e análise das informações recolhidas pelo satélite serão realizados através do centro de controlo e recepção de dados, inaugurado em Outubro de 2023, localizado na cidade de Diamniadio.
Nos últimos dez anos, a tecnologia de satélites tem crescido significativamente em África, expandindo-se para além das telecomunicações, que tradicionalmente dominavam este sector.
A tecnologia que permite a observação precisa da Terra está a tornar-se cada vez mais relevante, devido à sua capacidade de monitorização territorial, melhoria da segurança e gestão ambiental.
Depois do Senegal, a Zâmbia pode ser o próximo país a alcançar o espaço. O país concluiu a construção da Estação de Recepção do Sinal de Satélite na Terra, passo importante para possibilitar o lançamento do seu primeiro satélite.
O projecto é avaliado em mais de 14 milhões de dólares e o país espera aumentar a sua capacidade de prever padrões climáticos, algo crucial na luta contra as mudanças climáticas.
Fonte Space in África