Zâmbia recebe internet via satélite

Starlink

A Starlink lançou recentemente o seu serviço de internet via satélite na Zâmbia, tornando este país o sexto em África a ter acesso ao serviço.

A Starlink é uma rede de satélites de baixa órbita criada pela SpaceX para fornecer acesso à Internet de alta velocidade em zonas remotas e de baixa densidade populacional. 

O lançamento da Starlink na Zâmbia poderá colmatar a diferença digital e proporcionar a milhões de zambianos, pela primeira vez, o acesso à Internet de alta velocidade. Segundo dados do Banco Mundial, apenas 44% dos zambianos têm acesso à Internet e outros estão na lista dos que enfrentam frequentemente custos elevados e velocidades lentas.

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O serviço foi contratado pelo governo em setembro de 2022 e, após um ano de verificações regulamentares e técnicas, está agora operacional. Neste sentido, a Paratus Zâmbia será responsável pela gestão da distribuição do serviço, depois de ter obtido a sua licença de exploração em junho.

Hakainde Hichilema, presidente do país, escreveu no seu Twitter que  “A Starlink está agora a funcionar na Zâmbia”, para todos os cidadãos. Segundo escreve-se no site da Starlink, é este um grande passo para o acesso digital acessível a todos.

O equipamento custa 395 libras e a assinatura mensal é de 19 libras (1459 Meticais). De acordo com a Cable, uma empresa de investigação britânica, a Zâmbia tem o quarto preço de dados mais elevado de África. O preço médio dos dados na Zâmbia é de 8,01 (614) libras por gigabyte, sendo a tarifa mais barata de 0,45 libras (59 centavos em meticais) e a mais cara de 45,33 libras (3457 Meticais).

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O lançamento da Starlink na Zâmbia faz parte de uma meta mais ampla da SpaceX para expandir o seu serviço de Internet por satélite na África. A Starlink foi lançada em seis países africanos, incluindo a Zâmbia, Moçambique, Ruanda, Maurícias, Serra Leoa e Nigéria.

Em Moçambique, o projecto lançou os seus serviços em Agosto, e é o terceiro país africano a utilizar esta tecnologia depois do início de operações na Nigéria e Ruanda, em Fevereiro e Março deste ano.

Para os clientes foi criado um pacote de tarifas, sendo que o plano mais baixo da operadora custa três mil meticais por mês. A empresa afirma que este valor é semelhante ao que os consumidores nigerianos e ruandeses estão a pagar.

 O pacote residencial inclui a instalação do equipamento, uma antena parabólica, um modem e um router, com um custo adicional de 40.492 meticais, para além dos custos de envio e manuseamento de 1530 meticais.

Recentemente, a Starlink solicitou uma licença de exploração no Zimbabwe. Contudo, as autoridades do Zimbabwe estão ainda no processo de análise do pedido de licença de exploração da Starlink.

Apesar dos progressos registados noutras regiões, o serviço continua a lidar com a oposição na África do Sul, onde foi proibido a 14 de agosto de 2023.

A proibição teve origem numa necessidade legislativa ao abrigo da Lei das Comunicações Electrónicas (ECA). Esta lei exige que os grupos historicamente desfavorecidos (HDGs) possuam 30% de uma empresa antes de esta poder obter as licenças de telecomunicações necessárias para gerir um serviço de banda larga na área local.

Os HDGs são constituídos por indivíduos negros, jovens, mulheres e pessoas com deficiência. Como a Starlink não cumpriu esta condição, não pôde adquirir as licenças de telecomunicações necessárias para funcionar.

Entre outras iniciativas, SpaceX, que é liderada pelo bilionário Elon Musk, irá trabalhar com a empresa de comércio electrónico Jumia Technologies AG para expandir os seus serviços de Internet por satélite no continente africano. 

A Jumia vai começar a vender os equipamentos de satélite da Starlink em alguns países africanos. A Nigéria será o primeiro país onde a venda terá início nas próximas semanas.

Fonte Tech Cabal Business Insider

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