Com vista à redução deste número e a salvar vidas, o estudante finalista do curso de Engenharia Electrónica da Universidade Pedagógica (UP) de Maputo, Daudo António Costa, criou uma pulseira inteligente capaz de monitorizar e detectar a doença.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
A solução foi idealizada, inspirada pelos casos de AVC que Daudo verificou na sua família, onde o seu avô, tio e primo foram diagnosticados com esta doença, e pela percepção dos casos que os hospitais locais têm por dia.
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que, a cada ano, pelo menos 17 milhões de pessoas contraem AVC no mundo.
“Na minha família, o meu avô, tio e primo foram diagnosticados com esta doença… Diante disso, pensei no que podia oferecer como forma de contornar esse cenário, então comecei a ver os parâmetros técnicos da engenharia e medicina e percebi que era possível fazer isso”,
conta, citado pelo Folha de Maputo.
A pulseira está desenhada para, através dos sinais vitais emitidos pelo organismo, analisar a probabilidade de um indivíduo contrair o AVC. Caso a pessoa já tenha a doença, o dispositivo poderá fazer o controlo da mesma.
“Geralmente as pessoas com essa doença ficam à mercê da sua sorte e a lotação nos hospitais não ajuda muito. Imagina ter um acessório com o qual podemos, automaticamente, fazer o acompanhamento, em tempo real, de toda a sua actividade e poder alertar os seus familiares caso a pessoa passe mal, ajudaria bastante”,
explica, citado pela Integrity Magazine
Outras notícias que pode gostar:
- Moçambicana lança pulseira sensorial para ajudar deficientes visuais
- Nigeriano aposta em óculos inteligentes para deficientes visuais
Para a materialização, precisa de um valor de no mínimo cinquenta mil meticais para a construção do primeiro protótipo físico, pois depois de um estudo constatou-se que o acessório é funcional e passível de implementação.
Com a quantia, será feita a aquisição de pequenos componentes electrónicos que, associados, vão fazer a monitorização e diagnóstico do AVC, o que pode reduzir a situação de que, quando desenvolvido, um em cada seis indivíduos terá a doença ao longo da sua vida.
No território nacional, concretamente em hospitais como o Central de Maputo e o Geral de Mavalane, chegam a registar pelo menos dez pessoas com a doença por dia.
A pulseira inteligente não é a primeira solução desenvolvida por Daudo. Em 2022, construiu um semáforo inteligente e uma bateria ecológica recarregável através da luz solar.