Numa medida que visa responder às crescentes preocupações com a saúde mental e a imagem corporal, o Instagram anunciou que irá remover os filtros de realidade aumentada (RA) na rede social até ao final de Janeiro de 2025.
Com esta medida, mais de dois milhões de filtros criados por utilizadores, oferecidos no WhatsApp, Facebook e, principalmente, Instagram, desaparecerão.
Os filtros tornaram-se um dos recursos essenciais no Instagram, destacando-se, entre eles, os que geralmente envolvem embelezar a aparência, criados pelos próprios utilizadores por meio do Meta Spark Studio.
No entanto, nos últimos tempos, o uso de filtros embelezadores tem sido associado a problemas de saúde mental e imagem corporal agravados em mulheres jovens.
No Instagram, os filtros não desaparecerão completamente. Os filtros originais criados pela Meta continuarão disponíveis, sendo que assim ficarão apenas cerca de 140 filtros.
Segundo relatos, a Meta afirma que está a mudar o foco para “priorizar investimentos noutras prioridades da empresa”.
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A Meta, empresa que lidera a rede social, já havia tomado uma decisão idêntica em 2019, embora a proibição se aplicasse apenas a filtros “cirúrgicos” e tenha sido revertida a pedido de Mark Zuckerberg após uma implementação passageira.
Informalmente nomeados pela sua capacidade de imitar os efeitos da cirurgia estética, os filtros cirúrgicos são o tipo mais popular de filtros do Instagram.
A remoção segue, assim, várias iniciativas que o Instagram tem apresentado para garantir o bom uso da rede social, como é o caso das “contas adolescentes”, introduzidas no ano passado (2024).
As “contas adolescentes” reforçam o controlo dos pais sobre os adolescentes, para que estes tenham uma experiência segura na rede social, com protecções incorporadas automaticamente.
Com esta funcionalidade, os utilizadores do Instagram que tenham entre 13 e 17 anos começam a ser automaticamente colocados nas novas “contas adolescentes”, que são definidas, por padrão, como privadas.
Fonte The Conversation