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Moçambique defende aceleração da digitalização africana

Moçambique

O Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, enfatizou a necessidade de acelerar a digitalização nos países africanos para que o continente possa desempenhar um papel significativo na quarta revolução industrial. 

Durante a Conferência Lusófona das Ciências de Comunicação, que marcou os 45 anos da União Africana de Telecomunicações, Magala destacou que essa revolução está marcada pela integração dos meios físicos e digitais de comunicação.

O ministro salientou que o setor de comunicações identificou a digitalização como uma prioridade, reconhecendo o papel vital das telecomunicações no desenvolvimento econômico e social de Moçambique. 

O ministro também expressou a visão de Moçambique em liderar proativamente o processo de digitalização no país.

Embora tenha observado que metade da população em Moçambique tenha acesso aos serviços de telecomunicações, ele ressaltou que a utilização da internet ainda é baixa, em torno de 23%. 

A escala de acessibilidade à internet foi divulgada pelo Data Reportal, plataforma que busca compreender o estado actual do crescimento digital no mundo, e assume que em Moçambique, apenas cerca de 6 milhões, da população de quase 31 milhões, têm acesso à internet.

Dos dados percebe-se que “os números revelam que 26,50 milhões de pessoas em Moçambique não utilizavam a Internet no início de 2023”, o que dá a compreensão de que 79,3% da população esteve offline até ao início do ano de 2023.

Contudo, para Magala há avanços por mencionar, como também o desafio da transição da televisão analógica para a digital na África, onde percebe-se progressos significativos alcançados em Moçambique, que aumentaram o acesso a esses serviços de 30% para cerca de 70% da população.

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Quanto à qualidade dos serviços, com atenção à internet, defende-se a necessidade de reduzir o número relativo à queda das chamadas, no sentido de conferir maior confiabilidade e acessibilidade e, assim, ter a capacidade de poder baixar um conteúdo via Internet no tempo desejado.

Como passo para a rápida aceleração, o ministro instou os participantes da conferência a aprofundarem o debate sobre como as novas plataformas de comunicação podem contribuir de maneira positiva para a disseminação de informações confiáveis e construtivas, promovendo a cidadania e o desenvolvimento.

Já para a diretora da Cratus, organizadora da conferência, Linda Fernandes, enfatizou a influência da comunicação no desenvolvimento dos países lusófonos e destacou que o evento contribuirá para o uso responsável dos meios de comunicação nesses contextos.

A proposta da aceleração digital acontece num momento em que, segundo a organização FSD Moç, ainda há muito por se fazer em Moçambique rumo a uma digitalização favorável.

Segundo dados, quase não há investimento em tecnologia no país, ou seja, está no nível “zero”. A entidade explicou que o investimento em tecnologias de informação em Moçambique está praticamente ausente quando se trata de atrair investidores internacionais para a Bolsa de Valores de Moçambique.


Fonte Menos Fios

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