Os Estados Unidos de América, conseguiram regressar à lua, 50 anos depois, com o pouso, no dia 22 de Fevereiro, de uma espaçonave na superfície lunar, através do lançamento de um foguete SpaceX Falcon 9.
O pouso foi realizado pela Intuitive Machines, que se torna a primeira empresa aeroespacial privada a pousar uma espaçonave na superfície da Lua. Em resultado de um contrato de 118 mil milhões de dólares da NASA.
O módulo de pouso robótico Nova-C com a designação “Odysseus” construído pela Intuitive Machines tornou-se também a primeira espaçonave dos EUA a pousar com sucesso na Lua desde a missão Apollo 17 de 1972.
Com um formato “cilindro hexagonal” e com seis pernas, o módulo chegou à Lua transportando várias cargas úteis de ciência e investigação para o programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da agência, que visa recolher dados importantes sobre a superfície lunar.
Conta com um conjunto de retrorrefletores a laser para ajudar outras espaçonaves a fazer pousos de precisão e um farol de radionavegação para fornecer dados de geolocalização para pousadores, rovers e, futuramente, astronautas.
Igual a todas missões destinadas com foco na Lua, o seu objectivo era o pólo sul lunar, uma região de grande interesse científico devido à ocorrência de gelo de água escondido em crateras permanentemente sombreadas.
A obtenção destes dados podem ser úteis para uma compreensão deste espaço, antes da NASA levar as pessoas de volta à Lua em 2025.
A primeira vez que o homem chegou à Lua foi 20 de julho de 1969. Neil Armstrong e Buzz Aldrin foram os dois astronautas que faziam parte da missão Apollo 11.
Os dois passaram por volta de duas horas e quinze minutos fora da espaçonave e coletaram 21,5 quilogramas de material lunar para trazer de volta à Terra. A missão foi lançada por um foguete Saturno V do Centro Espacial John F. Kennedy na Flórida, tendo sido a quinta missão tripulada do Programa Apollo da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA).
Outras notícias:
A nave Apollo era formada por três partes: um módulo de comando com uma cabine para três astronautas, a única parte que retornou para a Terra; um módulo de serviço, que apoiava o módulo de comando com propulsão, energia elétrica, oxigênio e água; e um módulo lunar dividido em dois estágios, um de descida para a Lua e um de subida para levar os astronautas de volta à órbita.
Por que nenhum ser humano visitou a Lua em mais de 50 anos?
No total, 12 pessoas já pisaram a Lua, sendo este um dos maiores feitos da NASA ou se quisermos, Estados Unidos de America. As missões à Lua têm continuado, com países como Índia e Japão a entrarem na lista, porém, nenhuma destas enviou um homem, perante isso, reside a dúvida: em meio a evolução tecnológica, o que leva com que até hoje nenhum homem tenha sido enviado à Lua?
Segundo especialistas ouvidos pela Business Insider, há muitas razões para fazer regressar pessoas à Lua e para lá permanecerem.
Jim Bridenstine, ex-administrador da NASA, revelou que não se trata de obstáculos científicos ou tecnológicos, mas sim, questões políticas que fizeram com que o programa demorasse demasiado tempo e custasse valores altos.
Ao Chris Hadfield, antigo astronauta, a estação de investigação humana permanente na Lua é o próximo passo, e está cada vez mais próximo, porém há uma série de coisas que se tem de inventar e depois testar para aprender antes de ir mais longe.
Vários astronautas e especialistas acreditam que os maiores impedimentos para tornar realidade novas missões do homem à Lua são banais e algo injustificável.
Um dos obstáculos mais comuns a qualquer programa de voos espaciais, especialmente as missões que envolvem pessoas, é o custo elevado.
O orçamento da NASA para 2023 é de 25,4 mil milhões de dólares, e a administração actual do governo dos EUA requisitou ao parlamento o aumento do valor para 27,2 mil milhões de dólares em 2024.
Não existe um lugar mais difícil para se viver do que a Lua
Segundo Peggy Whitson, uma astronauta que passou 675 dias no espaço, as missões Apollo “tiveram muitos problemas com poeira”, e se a ideia é passar longos períodos e construir habitats permanentes, é importante que se descubra como lidar com isso.
Por sua vez, o engenheiro astronáutico Madhu Thangavelu, afirma que: “não existe lugar mais implacável ambientalmente ou mais difícil para se viver do que a Lua. E, no entanto, por estar tão perto da Terra, não há lugar melhor para aprender a viver, longe do planeta Terra.”
A NASA sonha com uma volta dos astronautasna Lua para setembro de 2026, num possível programa chamado Artemis, que incluirá a primeira mulher, um astronauta negro e um canadiano a tocar na superfície lunar.
Fonte The Verge