fbpx

Pesquisadores criam robô que usa luz para destruir cancro

LED para destruir cancro
LED para destruir cancro

Pesquisadores da Universidade de Notre Dame desenvolveram um dispositivo (nanorrobô) implantável no corpo humano para o tratamento de cânceres profundos que ficam no corpo.

A inovação resulta da percepção de que certos tipos de luz podem ser um tratamento eficaz e minimamente invasivo para os cânceres localizados na pele ou perto dela, quando combinados com um medicamento ativado pela luz.

O dispositivo robótico é do tamanho de um grão de arroz e, quando combinado com um corante sensível à luz, não só destrói as células cancerígenas, como também mobiliza a resposta do sistema imunitário que combate o câncer. 

Baoba Hub_GIF

As luzes penetram no tecido mais profundamente do que outras, segundo explicou Thomas Sullivan, professor associado de engenharia elétrica e coautor do estudo. Primeiro, um corante contendo moléculas sensíveis à luz é entregue às células cancerígenas e é injectado directamente no tumor. 

Depois, o dispositivo é activado remotamente usando uma antena externa. Thomas O’Sullivan explica ainda que certas cores de luz penetram mais profundamente nos tecidos do que outras, e a luz verde é certeira para estes casos.

“Acontece que o tipo de luz, neste caso a verde, que não penetra tão profundamente, tem a capacidade de produzir uma resposta mais robusta contra as células cancerígenas”,

disse o professor.

Antes de a luz ser eficaz na destruição das células responsáveis pelo câncer, é necessário introduzir nas células um corante com moléculas que absorvem a luz. O dispositivo liga-se, o corante transforma a luz em energia que torna o oxigénio das próprias células tóxico, virando as células cancerosas contra elas próprias.

Para os pesquisadores, o dispositivo funciona como uma ferramenta multifuncional. Além de fornecer terapia de luz direcionada, também pode funcionar como um monitor em tempo real, permitindo que os médicos ajustem o tratamento com base na resposta do tumor. 

O objectivo dos pesquisadores é induzir um pouco de morte celular piroptótica (morte celular programada), o que fará com que o sistema imunitário comece a atacar o câncer.

Após o desenvolvimento completo, a próxima fase envolve testar essa tecnologia para descobrir se o sistema imunológico pode detectar e atacar outro tumor por conta própria após ser preparado por um tratamento. 

A tecnologia é vista como um avanço significativo na luta contra o câncer, oferecendo uma abordagem menos invasiva para combater os tumores. A inovação não é a primeira na área; pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, também já desenvolveram pequenos robôs capazes de achar e tratar câncer. 

Com a solução, torna-se possível chegar 37% mais fundo nos pulmões, comparada ao equipamento padrão, com menos danos ao órgão, pelo seu formato e seu funcionamento.

Fonte Science Daily

Artigos relacionados

Subscreva-se à nossa newsletter. Fique por dentro da tecnologia!

Total
0
Share