fbpx

Duolingo demite funcionários para focar em Inteligência Artificial

Duolingo

Numa aposta na Inteligência Artificial, concretamente modelos de IA como o GPT-4 para agilizar a produção de conteúdos e traduções, a Duolingo anunciou que fez um corte de 10% na lista dos funcionários da empresa. 

Segundo a Bloomberg, em referência ao porta-voz da aplicação de aprendizagem de línguas, a plataforma Duolingo já não tem tantas pessoas para realizar o trabalho dos contratantes, acrescentando que “parte disso pode ser atribuída à IA”.

Um dos funcionários da Duolingo, que foi despedido, informou que a razão apresentada pelo Duolingo é que a IA pode criar conteúdos e traduções, traduções alternativas e praticamente tudo o que os tradutores já fazem. Neste caso, a empresa apenas manteve algumas pessoas que passaram a ser chamados de curadores de conteúdos, onde verificam o conteúdo gerado pela Inteligência Artificial.

Baoba Hub_GIF

Segundo um porta-voz da empresa, citado pelo site Techcrunch, é exactamente isso que tem acontecido,  os curadores fazem a revisão e validam o conteúdo. 

“Especialistas humanos validam que a qualidade do resultado é suficientemente elevada para o ensino e está de acordo com as normas do QECR para o que os alunos devem ser capazes de fazer em cada nível do QECR”,

lê-se na citação no site.

O Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) é uma diretriz internacional para explicar a proficiência linguística.

O Duolingo tem recorrido à GPT-4 (Inteligência Artificial) para potenciar experiências para o seu nível de subscrição premium Duolingo Max, incluindo feedback gerado por IA e um chatbot para ajudar os utilizadores a praticar conversação. 

Fora o uso do GPT-4, o Duolingo também conta com o seu próprio modelo de IA, “Birdbrain”, que personaliza o conteúdo das aulas.

A notícia de despedimentos tem vindo a preocupar o público sobre a forma como a tecnologia de Inteligência Artificial está e continuará a afectar o emprego a nível mundial, num momento que defensores da tecnologia assumem que as novas ferramentas irão substituir as tarefas quotidianas. 

Outras notícias:


Na tecnologia, a Duolingo junta-se a uma parte de empresas que estão a dar continuidade aos layoffs, neste caso a Google e a Amazon que já anunciaram as suas primeiras demissões para o ano.

Layoffs é o termo em inglês que designa despedimento ou redução de efectivos de forma temporária ou definitiva do contrato de trabalho de um trabalhador ou, mais frequentemente, de um grupo de trabalhadores, por razões comerciais, como a gestão de pessoal ou a redução de efectivos de uma organização.

Para além das empresas acima citadas, a Humane, uma startup de IA, também anunciou o corte de 4% da sua força de trabalho (10 funcionários). Bethany Bongiorno, fundadora e CEO da empresa, escreveu no LinkedIn que os cortes fazem parte de uma iniciativa que inclui mudanças que significam um alto preparo  para um crescimento contínuo.

Foram mais de 305.000 funcionários que perderam o emprego nos principais despedimentos do ano passado nos Estados Unidos da América ocorridos, segundo um rastreador de despedimentos da Forbes, que inclui despedimentos que afectaram 100 ou mais postos de trabalho.

A empresa-mãe do Google, a Alphabet, reduziu outros 12.000 funcionários em janeiro de 2023 devido ao que o CEO Sundar Pichai chamou de “escolhas difíceis”, enquanto a Meta e a Microsoft demitiram 10.000 posições cada uma no mesmo mês (a Meta cortou outros 6.000 funcionários dois meses depois).

De acordo com o relatório “2023 Future of Jobs” do Fórum Económico Mundial, a IA irá transformar 23% dos empregos nos próximos cinco anos, incentivado pela aplicação do ChatGPT e de outros modelos linguísticos de grande dimensão poderão ter impacto em várias funções, incluindo tarefas baseadas na linguagem. 

Fonte The Verge Forbes TechCrunch

Artigos relacionados

Subscreva-se à nossa newsletter. Fique por dentro da tecnologia!

Total
0
Share