Miguel Nicoleils, renomado neurocientista brasileiro, veio ao público reivindicar o título de Elon Musk ser o primeiro a conseguir implantar um chip cerebral em humano, assumindo que o que o bilionário (Elon Musk) fez hoje, ele conseguiu há 25 anos.
Elon Musk ganhou destaque, recentemente, ao implantar um chip em um paciente da Neuralink, sua startup de neurotecnologia. Trata-se de um chip cerebral sem fios introduzido em um ser humano com o objetivo permitir que indivíduos com paralisia controlem dispositivos através de seus pensamentos.
O chip foi introduzido a um escritor, comediante e realizador de vídeos residente em Brooklyn (Nova Iorque), que em publicação no Twitter assumiu estar tudo em ordem e pronto para uma nova vida.
Após a recuperação, o paciente apresentou avanços no ensaio através da sua capacidade de controlar o mouse com pensamento.
Com vista a melhorar as capacidades humanas, este ensaio clínico foi destacado por vários canais como o primeiro de um humano que recebe um implante cerebral. No entanto, Miguel Nicolelis reivindica o título.
“Eu criei há 25 anos as técnicas de implante para interfaces cérebro-máquina. Musk disse que o paciente dele foi bem-sucedido e controlou um cursor de computador, desculpa, mas meu laboratório fez exatamente a mesma com onze pacientes em 2004. E tem quem acredite que ele é super revolucionário”,
comenta o neurocientista brasileiro, citado pela revista Forbes.
Um dos destaques do seu trabalho aconteceu em 2014, na Copa do Mundo, onde liderou o projecto que permitiu que um jovem paraplégico chutasse a bola na abertura da competição. O chute foi possível graças a um exoesqueleto alimentado por uma interface cérebro-máquina.
Outras notícias:
- Neuralink introduz primeiro chip cerebral em humano
- China quer ser líder mundial em chips para humanos
Miguel Nicolelis é um dos maiores nomes da neurociência mundial. É doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e Ph.D em Fisiologia e Biofísica pela Universidade de Hahnemann, nos Estados Unidos. Foi professor e pesquisador por mais de 30 anos no departamento de neurociência e engenharia biomédica da Universidade de Duke (que está constantemente na lista das melhores universidades do mundo).
Alinhado à evolução da área, busca actualmente pela expansão de seu impacto, através da ajudar a mais de um bilhão de pessoas afectadas por doenças medulares e neurológicas com atenção à responsabilidade ética que acompanha a inovação tecnológica.
Do lado de Elon Musk, o avanço na neurologia, especialidade médica que trata distúrbios estruturais do sistema nervoso, aconteceu após no ano passado receber aprovação para testar chips em humanos.
A aprovação foi feita pela Food and Drug Administration (FDA) na América, que seguiu uma busca da Neuralink por pacientes para seu ensaio clínico através da introdução dos que têm vindo a construir chamado Link, com o objectivo de ajudar pacientes com paralisia severa a controlar tecnologias externas usando apenas sinais neurais.
Fonte Forbes