A marca chinesa de tecnologia e novo fabricante de veículos eléctricos, Xiaomi, perdeu cerca de 252 milhões de dólares de abril a junho, ou seja, 9.200 dólares (58 7359 Meticais) por cada venda do modelo do seu carro eléctrico (Speed Ultra 7).
A Xiaomi, conhecida por fabricar smartphones, lançou o seu primeiro carro eléctrico em Março, tendo chamado a atenção por este ter esgotado quase 90.000 encomendas no dia seguinte ao lançamento. No próprio dia, obteve mais de 50.000 encomendas em 27 minutos.
O SU7 teve a sua apresentação em Pequim, China, pelo fundador da empresa, Lei Jun, onde foram estabelecidos os preços de aquisição: 243.109 Meticais para o modelo principal e 337.579 Meticais para o chamado Max.
O departamento automóvel da Xiaomi registou uma perda de aproximadamente 252 milhões de dólares no seu segundo trimestre, o que diz respeito ao seu primeiro trimestre de entrega completa.
No que foi o segundo trimestre do lançamento do automóvel, durante os meses de Abril, Maio e Junho, a marca entregou mais de 27.000 veículos eléctricos. De acordo com o Pplware, das contas feitas, em análise às suas perdas totais e ao número de entregas, a Xiaomi perdeu 9.200 dólares por cada SU7 que vendeu.
Mas, nada está perdido
Trata-se de um prejuízo para o qual a empresa estava preparada, tendo adiantado, antes, que levaria tempo para atingir o ponto de equilíbrio. Tanto que o CEO, Lei Jun, disse que o carro estava a ser vendido com prejuízo, embora ele não tenha dito quanto.
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Analistas acreditam que o negócio automóvel da Xiaomi pode atingir o ponto de equilíbrio caso comece a vender entre 300.000 e 400.000 veículos anualmente.
A marca conta com uma fábrica de veículos eléctricos, onde, desde Junho, tem vindo a realizar operações em turnos duplos para aumentar as entregas mensais para além dos 10.000 automóveis.
O facto é que o primeiro EV da Xiaomi é um eléctrico puro, e o seu custo de investimento é relativamente alto. Para a marca, é certo que levará algum tempo a digerir essa parte do custo.
Ainda com as contas não ajustadas, está nos planos da marca a apresentação de um segundo modelo, possivelmente para este ano. O novo modelo pode significar para a Xiaomi um novo caminho para a rentabilidade do negócio.
Este será mais um passo da empresa rumo à rentabilidade do seu ainda recente departamento automóvel e ao posicionamento no ramo. A sua visão é criar um carro inteligente que possa ser uma opção ao Tesla de Elon Musk, mas com um preço mais alinhado aos rendimentos dos chineses.
Fonte Business Insider