Com vista a ajudar as mães a monitorar a saúde dos seus recém-nascidos, a designer africana e engenheira de produtos e sistemas Nura Izath desenvolveu o Autothermo, um dispositivo que os protege através de emojis.
Autothermo é uma pulseira que ajuda a detectar sinais precoces de problemas de saúde, como resfriado, febre ou dificuldade respiratória, garantindo intervenção oportuna.
A inovação nasceu de uma experiência pessoal por parte da fundadora que, em 2014, enquanto cuidava do seu neto recém-nascido, apercebeu-se das dificuldades em monitorar constantemente a temperatura da criança.
O desafio levou-a a conceber um sistema que pudesse facilitar a monitorização da temperatura, um factor essencial na prevenção de complicações potencialmente fatais em recém-nascidos.
“O Autothermo é um dispositivo semelhante a uma pulseira usado por recém-nascidos que monitoriza e transmite dados em tempo real aos prestadores de cuidados, tais como temperatura, febre e problemas respiratórios, através de um sistema de emoji intuitivo”, Nura Izath, criadora do Autothermo.
Como funciona?
A pulseira está equipada essencialmente por um sistema de alarme, um sensor térmico e a capacidade de enviar SMS aos prestadores de cuidados à distância.
A pulseira comunica com uma unidade central de processamento, permitindo aos profissionais de saúde monitorizar as condições dos recém-nascidos em tempo real, mesmo à distância.
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O dispositivo possui LEDs RGB que fornecem alertas visuais codificados por cores e fáceis de interpretar, enquanto um módulo Wi-Fi transmite dados em tempo real para uma tela de exibição central. Esta tela permite que os profissionais de saúde monitorem remotamente vários recém-nascidos simultaneamente usando um sistema de alerta intuitivo baseado em emojis.
Inicialmente feita com materiais recicláveis e silicone de grau médico em conformidade com a norma ISO 10993, a pulseira garante segurança e conforto, evitando irritações na pele da criança.
Na corrida ao Prémio melhor inovação de África
A inovação faz parte de 16 inovações africanas que concorrem para o Prémio África 2025 para a Inovação em Engenharia da Royal Academy of Engineering, com um número recorde de 30 países a candidatar-se com os finalistas a serem anunciados em setembro, com a final a ter lugar em outubro no Senegal.
As suas soluções incluem ferramentas de linguagem gestual com IA, armazenamento a frio sem eletricidade, soluções de resíduos para mobiliário e pratos biodegradáveis, transformando comunidades em toda a África.
O Prêmio África, lançado em 2014, é o maior prêmio da África que apoia a inovação em engenharia com o objectivo de incentivar e recompensar novas ideias e empreendedorismo em toda a África Subsaariana.
Desde o seu início, o Prêmio África ajudou 149 empresas em 22 países africanos, oferecendo treinamento, mentoria e suporte de comunicação.
O grande vencedor da edição deste ano receberá 32 mil dólares, enquanto os três segundos colocados receberão cerca de 13.000 dólares cada.
Fonte Africa Prize