O serviço de Internet via satélite de Elon Musk, Starlink, operado pela SpaceX, chegou oficialmente ao país africano Botswana, após o cumprimento das licenças necessárias para o seu funcionamento naquele país.
O anúncio foi feito três meses após o presidente daquele país, Mokgweetsi Masisi, ter mantido um encontro com Ben MacWilliams, diretor de licenciamento e ativação global da Starlink, durante uma conferência empresarial nos Estados Unidos.
Com o licenciamento da Starlink, o país tem como objetivo resolver problemas de conectividade digital e reduzir a exclusão digital, diminuindo os custos gerais de dados e aumentando a penetração da Internet em todo o território.
No que diz respeito à acessibilidade à Internet, Botswana está entre os países com os preços de dados, conhecidos em Moçambique por “megas”, mais altos de África, uma situação que cria dificuldades no acesso à Internet para os seus residentes.
Para utilizadores residenciais, o serviço Starlink custará 359 dólares (22 976 Meticais) para o equipamento, com uma taxa de assinatura mensal de 51 dólares (3 264 Meticais).
Anteriormente a esta ação, a Autoridade Reguladora de Comunicações de Botswana (BOCRA, na sigla inglesa) havia anunciado que importar, usar ou vender equipamentos ou serviços Starlink era ilegal, e quem não cumprisse poderia enfrentar consequências legais.
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A chegada da Starlink é vista como um reconhecimento, por parte do governo, dos benefícios potenciais que o serviço pode trazer ao cenário de conectividade do país.
A busca pela entrada em Botswana começou em 2023, quando a empresa inicialmente enviou o seu pedido de licença para a BOCRA, que viria a ser rejeitado em Fevereiro de 2024.
A realidade que não quer chegar à África do Sul
Botswana torna-se o sexto país da África Austral a hospedar o serviço de Internet via satélite, seguindo os passos da Zâmbia, Eswatini, Malawi, Moçambique e Madagáscar. Contudo, continua quase impossível a chegada deste serviço à África do Sul, um dos países mais desenvolvidos da região austral.
Até agora, não se sabe formalmente por que a marca tem demorado a lançar os serviços na África do Sul, mas relatos apontam para atrasos motivados pelas regras de autorização aplicadas pelo regulador de comunicações do país.
De acordo com a Starlink, Zimbabué e Lesoto podem ser os próximos a entrar em operação, com uma data de entrada em serviço prevista no site da empresa para este terceiro trimestre de 2024.
Fonte Space in Africa Techpoint