A empresa de Bill Gates planeia permitir, brevemente, que os utilizadores do Teams, a sua plataforma de reuniões virtuais, clonem as suas vozes para simulem suas próprias vozes em diferentes idiomas, facilitando a comunicação em tempo real sem a necessidade de tradutores humanos.
Para tornar isso possível, a empresa revelou o Interpreter in Teams, uma ferramenta que oferece recursos de interpretação “em tempo real e de fala para fala”.
A introdução desta funcionalidade está prevista para o início de 2025, permitindo às pessoas utilizarem o Interpreter para simular as suas vozes em até nove idiomas: inglês, francês, alemão, italiano, japonês, coreano, português, chinês mandarim e espanhol.
Para o CMO da Microsoft, Jared Spataro, a solução dará aos utilizadores a oportunidade de imaginar as suas vozes noutras línguas.
“O agente Intérprete no Teams fornece tradução de voz para voz em tempo real durante as reuniões e pode optar por simular a sua própria voz para uma experiência mais pessoal e envolvente”,
disse, citado pelo TechCrunch.
Na sua utilização, a ferramenta não armazenará quaisquer dados biométricos, não acrescentará sentimentos para além do que está “naturalmente presente” numa voz e poderá ser desactivada através das definições do Teams.
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O intérprete foi concebido para reproduzir a mensagem do orador da forma mais fiel possível, sem adicionar suposições ou informações irrelevantes.
A simulação de voz poderá ser activada quando os utilizadores derem o seu consentimento, seja através de uma notificação durante a reunião ou mediante a activação manual da opção.
A tradução ou clonagem de voz não é uma novidade exclusiva da Microsoft. Recentemente, a Meta (Facebook) revelou que está a testar uma ferramenta de tradução automática de voz no Instagram Reels.
No entanto, as traduções feitas por inteligência artificial tendem a ser menos ricas em termos lexicais do que as efectuadas por intérpretes humanos, e os tradutores de IA têm frequentemente dificuldade em transmitir com exactidão coloquialismos, analogias e nuances culturais.
Fonte Techcrunch